sexta-feira, 2 de outubro de 2020

 

(sinopse retirada de http://www.adorocinema.com/filmes/filme-280921/)

Não recomendado para menores de 12 anos
O Dilema das Redes nos mostra como os magos da tecnologia possuem o controle sobre a maneira em que pensamos, agimos e vivemos. Frequentadores do Vale do Silício revelam como as plataformas de mídias sociais estão reprogramando a sociedade e sua forma de enxergar a vida.


(sequencia de imagens do clipe "do the evolution", banda Pearl Jam, 1998, extraída de lahorabarba.wordpress.com)

 
O problema dessa semana é: Uma vez que as redes sociais foram criadas e conectam milhões (na verdade bilhões) de pessoas ao redor do mundo, e, em um tempo que temos de fazer tudo que puder ser feito para não sair de casa, fica muito difícil evitar redes sociais. Como usá-las sem que elas nos usem?

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Obsolescência: A conspiração da lâmpada


 (imagem extraída de https://www.centennialbulb.org/photos.htm)
Na foto acima, a lâmpada elétrica mais antiga ainda em funcionamento. Atualmente chamada "Centennial Bulb", fica em uma estação do corpo de bombeiros da Califórnia, EUA, e começou a brilhar em 1901, época em que lâmpadas ainda eram uma novidade e Thomas Edisson ainda estava vivo.
Ela também é personagem de um documentário, "A conspiração da lâmpada", que você encontra no youtube.

O fato é que essa lâmpada é sobrevivente de uma época anterior ao cartel denominado "Phoebus", que limitou artificialmente em 1000 horas o tempo de vida desse tipo de material. Outros equipamentos também são projetados tendo em vista uma durabilidade que o consumidor não considere baixa o suficiente para desistir de usá-los, mas seja suficientemente baixa para que o fabricante tenha sempre um mercado consumidor. Equipamentos eletrônicos, veículos, até mesmo roupas são pensados dessa forma.

Essa obsolescência pode ocorrer de dois modos principais: Vício em produto (quando ele simplesmente é projetado tendo em vista a quantia de horas que deve durar), ou pressão social, como a moda das roupas, calçados e cortes de cabelo, novas facilidades, como aplicativos que muitas pessoas usam, mas precisam de modelos mais novos de celular para rodar, ou mesmo associada a fatores naturais, como o fato de escolherem um material que vai amarelando com o tempo para fazer óculos (e então você começa a acha-los feios, e troca, mesmo que ainda sirvam bem) ou o inegável fato de que, por melhor conservadas que estajam, suas roupas de quando tinha cinco anos não te servem mais. 

Os problemas dessa o obsolescência são, principalmente, de ordem econômica, ecológica e social. No campo econômico, embora incentive o consumo e o emprego, a obsolescência consome uma parte importante dos recursos do consumidor, que poderia ser revertida em melhor qualidade de vida para a mesma quantia de horas trabalhadas, ou mesmo menos horas trabalhadas.

Do ponto de vista ecológico, a obsolescência é uma tragédia: Recursos naturais são consumidos e lixo é produzido em velocidades e quantidades alucinantes apenas para que as pessoas mantenham seu padrão de vida. Contaminações de solo, água e ar, tanto na extração de matérias primas quanto no descarte de produtos obsoletos são bastante comuns.

A vantagem desse modelo de consumo é obviamente o lucro de fábricas, vendedores, entregadores, e demais pessoas envolvidas na cadeia que vai da matéria-prima até o consumidor final. 

Como lidar?

Para evitar uma falência ecológica irrecuperável ou a sua própria falência financeira, é interessante aplicar a técnica dos três "R":

  • Reduzir o consumo: Antes de comprar algo, avalie: Você realmente precisa disso? Para quê? Se a resposta for que não precisa, se o uso for temporário, ou se só quiser impressionar os amigos, não compre. Também é interessante pensar no desperdício daquilo que se está comprando: Comprar uma grande quantidade de alguma mercadoria para que ela fique individualmente mais barata, mas não usar tudo e ter que jogar parte estragada fora é um péssimo negócio...
  • Reutilizar: Um celular que não roda os aplicativos que você precisa, mas aida funciona bem como telefone, pode ser muito melhor que um aparelho novo para outras pessoas; os componentes eletrônicos de um eletrodoméstico queimado podem servir para algum projeto de hobby, há literalmente milhões de sugestões na internet de como reutilizar materiais de sucata que você jogaria fora para fazer coisas que você compraria. Essas atividades, além de salvarem o ambiente e alguns trocados, ainda te permitem trabalhar várias habilidades.

    (Um canal para você aprender a reutilizar material)
  • Reciclar: Trata-se de dar um destino apropriado àquilo que realmente não serve mais. Pilhas e baterias podem não ser reutilizáveis, mas podem ter um destino que, pelo menos, não agrida o meio ambiente. Os chamados bens de consumo (embalagens, roupas, etc.) precisam ter tratamento adequado para tal, e é interessante cobrar das cidades que possuam uma política de reciclagem de lixo e, caso ela já possua, usá-la, seja com catadores, lixo selecionado, etc. Mesmo o combustível de seu carro e seus alimentos: Combustíveis de origem vegetal capturam o CO2 emitido em sua queima, enquanto uma cidade com esgoto tratado consegue manter seus agricultores por perto...
Outras providências incluiriam verificar, antes de comprar materiais duráveis, a qualidade do que se pretende comprar (consultando se é algo que quebra sempre, se tem reparos fáceis, se atende mesmo às necessidades que você espera...). Para tanto, fóruns de consumidores na internet são muito úteis. Além disso, verificar a "pegada" deixada pela produção, embalagem, transporte e venda do produto, de modo a permitir o mínimo de impacto ambiental, social e econômico de sua próxima compra!

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Gamificado

 

O que é gamificação?

Gamificação e ludificação são sinônimos. Trata-se do emprego de técnicas usadas para o desenvolvimento de jogos em outros aspectos da vida, como estudos, trabalho, vida social, etc.

Essa técnica é bastante usada porque consegue um alto engajamento, e isso ocorre por conta do sistema de recompensas do cérebro humano.

Clicando aqui, você vê o texto da wikipedia sobre gamigicação. Ás 12:00 do dia 03 de setembro, o texto estava bastante correto e completo. Mas sempre é bom lembrar: A Wikipedia pode ser editada a qualquer momento, e nem toda alteração é para melhor.


Como saber se uma atividade é gamificada?

Como dito, a gameficação envolve técnicas de jogos. Duas das principais são a atividade desafiadora e um sistema de recompensas. A recompensa não precisa ser “real”. Uma figura, música, animação, acesso a uma fase mais desafiadora, ou mesmo um marcador de pontuação que vai aumentando conforme os acertos já é interpretado pelo cérebro como recompensa. Instintivamente, seu cérebro considera uma recompensa que chegue rápido, ainda que pequena, mais válida que uma recompensa que demore, ainda que seja melhor. Já o desafio é mais personalizado: Algo muito fácil ou difícil demais fazem a pessoa perder o interesse. Logo, uma atividade gamificada envolvendo matemática para engenheiros não faria sucesso para alunos do fundamental, e vice versa.


Gamificar é bom?

Pode ser ótimo: Como mexe com uma parte bastante primitiva do cérebro, faz com que as pessoas se divirtam enquanto fazem tarefas que, de outra forma, seriam pouco atraentes. Atividades como estudos, tarefas domésticas, rotinas de trabalho, autocuidado, entre outras, podem tornar-se mais atraentes e prazerosas usando essa técnica (“arrumar o quarto em menos de 15 minutos” é mais desafiador que “arrumar o quarto”).


Gamificar é ruim?

Em alguns aspectos, é péssimo: O cérebro começa a exigir recompensas cada vez mais rápido, o que faz que algumas tarefas importantes, mas sem recompensa imediata (terminar um curso, ler um texto longo, elaborar argumentos racionais, comparar opções de planos de celular…) fiquem negligenciadas. Como os dispositivos da gamificação mexem com estruturas muito primitivas, há ainda a possibilidade do cérebro entrar em monomania, ou simplesmente, viciar naquilo. Há pessoas viciadas em jogos, elas sempre existiram. Mas a gamificação trouxe novas possibilidades: Pessoas viciando-se em redes sociais, em canais de vídeo e mesmo workaholics (viciados em trabalho) que chegam a essa situação pelo fato de suas funções serem gamificadas. Não há problema algum em gostar de jogos ou de atividades gamificadas. Mas, se a pessoa deixar aspectos importantes da vida de lado para fazer isso, ela tem um problema.


Qual o limite?

A sua liberdade, claro! Pense nas tarefas que você tem que fazer todos os dias, ou naquelas que você precisa fazer para chegar onde quer (é bom fazer uma listinha delas). A gamificação será boa quando te ajudar nesses objetivos (algumas atividades gamificadas dentro de um curso longo, ou dividir um livro em capítulos e estabelecer uma meta de capítulos por dia, por exemplo) e ruim quando te afasta do que você sabe que precisa fazer (assistir um vídeo relacionado quando é sua vez de lavar a louça, por exemplo). Tenha em mente que não é crime fazer atividades chatas ficarem mais legais, mas que algumas atividades chatas continuarão chatas e necessárias!

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Início do blog

 

Olá!

Esse blog tem uma intenção bastante clara: Servirá para falar de assuntos relacionados às disciplinas de Projeto de Vida e de Tecnologia. Quem for meu aluno poderá ler os textos aqui e usá-los para responder os questionários do Forms que enviamos para o whatsapp das turmas. Quem não for, saiba que algumas das coisas escritas aqui parecerão fora de contexto (porque estarão). Boa leitura!

Como funciona um blog?

Blogs foram uma moda no início da popularização da internet. Apresentavam-se como uma espécie de diário virtual. Mas rapidamente provaram-se uma plataforma totalmente diferenciada: Não eram secretos, como um diário deveria ser (aliás, é por isso que os diários antigos eram trancados. E até hoje quem mantém um, faz em um caderno escondido…). Também não se espera de um blog o mesmo alcance e a mesma credibilidade de um jornal de grande circulação (embora possamos discutir se a mídia de grande circulação tem feito uso responsável desse alcance e credibilidade). A equipe que trabalha em um blog gerando os textos (conteúdo), normalmente é apenas uma pessoa, sem revisores, jornalistas responsáveis, editores, ou qualquer outro profissional. Geralmente, um blog não é uma profissão, mas a opinião de um único cidadão sobre determinados assuntos.

Para quem lê, o blog funciona como uma espécie de facebook pessoal. Apenas uma pessoa publica os textos, mas é possível interagir com o autor por meio dos comentários. Também é possível colocar coisas além do texto.



É possível ter um blog como profissão?

Atualmente, é pouco provável.

Alguns jornalistas, assim como autores de livros, cartunistas, estudantes, culinaristas, e especialistas em certas áreas conseguiram reconhecimento usando essa plataforma. Havia espaço para venda de patrocínios em blogs que conseguiam uma quantia grande e estável de visitas. Para conseguir as visitas, alguns blogs exibiam um alto grau de profissionalismo, com postagens regulares, seriedade ao tratar de assuntos (e seriedade aqui não é a ausência de humor, mas o cuidado de não associar a imagem do blog, muito menos a dos patrocinadores a famas negativas, como apologia ao crime ou divulgação de notícias falsas), a possibilidade de fornecer informações e análises mais rapidamente que uma equipe editorial tradicional.

Alguns livros baseiam-se em textos publicados originalmente em blogs. Outra fonte de renda de pessoas especializadas em blogs costuma ser a venda de artigos relacionados à temática abordada.

Entretanto, esse modelo atualmente está superado por outras formas de atingir o público, como canais de vídeo, podcasts e outras redes sociais. O blog atualmente serve como prática de escrita, levantamento de temas ou comunicação mais específica (caso do nosso!), sendo acessório como fonte de renda de seus criadores (eu mesmo não estou ganhando nada!).

Então por que um blog e não um textão no face, um direct no whats ou um vídeo?

Por três motivos bastante evidentes:
1) Minha voz é feia. E fica mais feia no vídeo ou no podcast. O blog permite uma conversa mais íntima que os canais oficiais de comunicação, sem a necessidade de gravar audio

2) Limitações de hardware: O blog é baixado em seu computador ou celular como um código HTML com poucas linhas de comando. Fica mais fácil subir o texto e gasta menos internet para ler do que qualquer áudio ou vídeo. Sem falar que é 100% compatível com todos dispositivos que consigam executar um navegador

3) Necessidade de contato: Como vocês devem ter notado, estamos enfrentando a mais mortífera, mais extensa e mais longa pandemia dos últimos cem anos. Com isso, o canal de comunicação normal entre professor e aluno, que é a aula presencial em escola, está fechado. O aplicativo do Centro de Mídias do Estado de São Paulo é de grande ajuda, mas nem sempre aborda os temas na ordem, no ritimo, ou mesmo na data que considero mais adequadas para os alunos. Esse blog é uma forma de tentar aproximar o que é oferecido com o que a gente precisa.

Gostaram? Nos próximos textos, abordaremos alguns pontos de tecnologia e P.V.. Há um botão de comentários aqui embaixo para você deixar suas impressões, sugestões, etc.

Com votos de que vivam muito e prosperem,

  (sinopse retirada de http://www.adorocinema.com/filmes/filme-280921/ ) Não recomendado para menores de 12 anos ...